UDT e FRETILIN coligam-se com vista a um processo de autonomia que assegure, num prazo de 5 a 10 anos, a independência de Timor-Leste.
O Governador de Timor desloca-se a Lisboa para consultas.
Delegações de Portugal e da Indonésia reúnem-se em Londres para discutir a questão de Timor-Leste.
Governador de Timor visita Jakarta.
A Comissão de Descolonização de Timor discute com os Partidos Timorenses a aplicação da Lei de Descolonização de Timor.
Manifestação da FRETILIN em Dili por ocasião do 1º aniversário da sua criação.
Agitação estudantil em Dili.
UDT rompe a coligação com a FRETILIN.
Pela primeira vez, Portugal comunica à ONU informações sobre Timor, no âmbito do Artigo 73° da Carta das Nações Unidas (situação dos territórios não-autónomos).
Sessão do Comité dos 24 da ONU em Lisboa.
General Soeharto visita os EUA, onde explica o "problema" timorense e prepara o terreno para obter o apoio americano para a invasão.
O Governador manda suspender os tempos de antena concedidos na rádio aos partidos timorenses.
Manifestação da UDT em Dili de apoio à realização de uma Cimeira em Macau de representantes de Portugal com os partidos timorenses. Verificaram-se incidentes com apoiantes da FRETILIN.
Promulgação da Lei n° 7/75, que define o processo de descolonização de Timor.
Graves incidentes com a Indonésia na fronteira do enclave de Oecusse.
Toma posse a primeira Administração Regional eleita pelos timorenses (concelho de Lautém).
A UDT lança um golpe armado para se apoderar do poder.
A população estrangeira de Dili começa a abandonar o território de Timor.
0 tenente-coronel Magiolo Gouveia, comandante da PSP em Timor, é feito prisioneiro pela UDT, fazendo declaração pública de adesão a essa força política.
Contra-golpe da FRETILIN, que assume o controlo da situação na generalidade do território. Nascem as FALINTIL (Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor Leste), braço armado da FRETILIN.
A Administração Portuguesa sai de Dili para Ataúro.
Militares portugueses que se dirigem de Bobonaro para Batugadé são feitos prisioneiros por elementos da UDT, armados pelos indonésios.
As forças da UDT abandonam Dili e deslocam-se para Likisá.
O chefe da delegação portuguesa, Almeida Santos, chega a Jakarta, vindo de Nova Iorque.
A FRETILIN controla todo o território. Alguns milhares de timorenses procuram refúgio no lado ocidental da ilha.
Almeida Santos volta a deslocar-se a Jakarta.
A delegação portuguesa propõe aos partidos timorenses conversações em Macau.
Chega a Lisboa o Governador de Timor, vindo de Ataúro.
Os refugiados da UDT reunidos em Batugadé são autorizados pelo governo indonésio a instalar-se em Timor Ocidental.
Forças indonésias intervêm a noroeste de Timor, ocupando zonas fronteiriças e lançando operações terrestres, aéreas e navais.
As tropas indonésias entram em Batugadé.
São assassinados cinco jornalistas em Balibó, que cobriam os acontecimentos para meios de comunicação australianos. As forças invasoras indonésias e os seus apoiantes no interior do Território obtêm assim o silenciamento da imprensa internacional.
O exército indonésio começa o ataque a Atabae.
Negociações entre Portugal e os partidos timorenses marcadas para Darwin são boicotadas pela Indonésia.
A FRETILIN declara a independência unilateral da República Democrática de Timor-Leste (RDTL).
Portugal não reconhece a declaração unilateral de independência nem a integração na Indonésia defendida por alguns partidos.
Representantes da UDT, APODETI (Associação Popular Democrática Timorense), KOTA (Klibur Oan Timor Aswain) e Partido Trabalhista assinam, sob controlo indonésio, uma "Proclamação da Integração" ou "Declaração de Balibó", em que defendem a integração de Timor-Leste na República da Indonésia, solicitando "medidas imediatas no sentido de proteger as vidas das pessoas que ora se consideram elas próprias como parte do Povo Indonésio vivendo sob o terror e práticas fascistas da Fretilin consentidas pelo Governo de Portugal."
Início do debate sobre Timor-Leste no IV Comité da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O Presidente norte-americano Gerald Ford e o Secretário de Estado Henry Kissinger encontram-se com o general Soeharto, que lhes pede "compreensão" para uma "acção rápida e drástica" contra Timor-Leste. Ford declara a sua compreensão e afirma que não exercerá pressões, compreendendo o problema e as intenções indonésias, enquanto Kissinger alerta para os problemas que poderão surgir com o emprego de armas "US-Made" - na verdade, foi utilizado muito equipamento e armamento "URSS-Made".
Forças aéreas, navais e terrestres indonésias lançam a "Operação Komodo" de invasão de Timor-Leste.
Portugal denuncia a invasão de Timor-Leste e corta relações diplomáticas com a Indonésia.
Resistência em Dili e arredores. Assassinatos em massa pelos invasores e fuga generalizada das populações para as montanhas.
A Administração Portuguesa abandona o território.
Resolução n° 3485 da Assembleia Geral da ONU condenando a intervenção militar indonésia em Timor-Leste.
As tropas invasoras indonésias criam um governo fantoche ("Governo Provisório") em Dili.
É votada por unanimidade a Resolução n° 384 do Conselho de Segurança da ONU condenando a invasão de Timor-Leste e exigindo a retirada imediata das forças invasoras.